Caloria
Unidade utilizada para expressar a quantidade de energia que os alimentos fornecem ao serem metabolizados pelo organismo, para o trabalho físico, mental e outras funções vitais do mesmo. Quando se ingerem mais calorias do que as necessárias, o excesso transforma-se e deposita-se como gordura levando ao excesso de peso e à obesidade.
Celulose
Substância fibrosa que se encontra nos alimentos de origem vegetal – cereais, legumes secos e verdes, sementes e frutos. Não sendo digerida nem absorvida no intestino, desempenha funções fisiológicas essenciais na regulação do trânsito intestinal e na absorção de água, de ácidos cólicos e de esteróis (colesterol) da parede intestinal, e a sua eliminação pelas fezes. Uma dieta pobre em celulose pode determinar situações de obstipação, diverticulose intestinal e hiperlipidémias.
Diabetes Mellitus
Doença metabólica, caracterizada pelo aumento anormal de açúcar (glucose) no sangue, por vezes, com o seu aparecimento na urina. Pode resultar da falta de uma hormona produzida pelo pâncreas, a insulina, ou do seu aporte deficiente às células. É uma doença com tendência familiar que atinge cerca de 13% da população portuguesa sendo muitas vezes controlável por uma dieta equilibrada.
Fosfolípidos
Substâncias muito ricas em fósforo que pertencem ao grupo das gorduras, muito importantes para a estrutura celular e que se encontra sobretudo na soja, óleos vegetais e na gema de ovo.
Flavonóides
Os flavonóides são pigmentos quase universais dos vegetais e quase sempre hidrossolúveis. São responsáveis pela coloração das folhas.
Flavonóides (antocianósidos e flavonas) intervêm na pigmentação colorida.
As propriedades atribuídas aos flavonóides são as da vitamina P potencialmente veino-ativos, eles diminuem a permeabilidade dos capilares sanguíneos e reforçam a sua resistência.
Historicamente, a noção de factor P está ligada à seguinte observação: para que o ácido ascórbico (Vitamina C) actue no metabolismo, ele necessita da associação do factor Vitamina P, portanto das flavonas e flavonóides.
Glúcidos
Também chamados hidratos de carbono, são constituídos por carbono, hidrogénio e oxigénio, estão organizados como açucares mais ou menos complexos. Podem fazer parte da constituição de moléculas complexas, de ácidos nucleicos, de células nervosas, etc., mas são sobretudo constituintes energéticos, utilizados para o funcionamento celular. São pois a fonte principal de energia alimentar em países de poucos recursos, pois existem em grandes quantidades nos cereais, farinhas, leguminosas e frutos.
Nos alimentos de origem animal existem em muito pequenas quantidades, excepto no leite que contém lactose (açúcar do leite).
A preferência no seu consumo deve ser dada aos hidratos de carbono compostos (os existentes nos legumes, cereais, tubérculos), pois são de digestão lenta e permitem uma libertação de energia mais equilibrada e portanto mais aproveitável pelo organismo.
Glúten
Proteína constituinte de diversos cereais (trigo, aveia, centeio). Admite-se que os alimentos à base de cereais também devem fazer parte da alimentação do indivíduo normal, embora em quantidades moderadas, pela sua concomitante riqueza em hidratos de carbono.
Hiperlipidémias
Situações caracterizadas pelo aumento dos lípidos ou gorduras do sangue: aumento do colesterol, dos triglicéridos ou de ambos simultaneamente.
Frequentemente são situações ligadas a erros alimentares mas também podem ser secundárias as doenças como a diabetes, gota, pancreatíte, doenças hepáticas, doenças renais, etc., que quando corrigidas levam à normalização dos valores dos lípidos sanguíneos. Mais raramente podem ser situações familiares, hereditárias, que requerem um tratamento especial, dietético ou medicamentoso.
Lipoproteínas
São substâncias complexas, constituídas por proteínas e por diferentes tipos de lípidos sanguíneos. Colesterol, triglicériods, fosfolípidos.
Os lípidos sanguíneos por serem insolúveis, circulam no plasma emulsionados e ligados às proteínas.
Existem 3 tipos de lipoproteínas, com proporções variáveis dos vários elementos constituintes, com origem e funções diferentes:
- Quilomicrons, as proteínas de muita baixa intensidade, (VLDL – Very low density lipoproteins);
- Baixa densidade, (LDL – Low density lipoproteins);
- Alta densidade, (HDL – High density lipoproteins).
As lipoproteínas desempenham um papel importante na fixação dos lípidos nas paredes vasculares, contribuindo para o desenvolvimento da aterosclerose.
VLDL e LDL – Depositam colesterol e triglicéridos nas paredes arteriais. (mau colesterol).
HDL – Remove o excesso de colesterol, e previne os riscos vasculares. (bom colesterol).
Nutrientes
São substâncias contidas nos alimentos que fornecem os materiais e a energia necessárias para as diversas funções do organismo: construtora e reparadora (proteínas e minerais), energética (hidratos de carbono e gorduras), e protetora (minerais e vitaminas).
Proteínas
São nutrientes complexos, também chamados prótidos, existentes em quase todos os alimentos, excecpto nas gorduras e no açúcar, com valor biológico diferente e específico conforme os aminoácidos constituintes; são de alto valor biológico aqueles que pelas proporções e quantidades de aminoácidos essenciais estão mais adequadas à manutenção do equilíbrio metabólico mesmo em pequenas quantidades – são todas de origem animal, sendo as de maior valor biológico as do leite e do ovo. Os alimentos vegetais com maior conteúdo proteico são sobretudo as leguminosas (ervilhas, soja, feijão, grão), mas também existem proteínas nos cereais. As proteínas não devem contribuir com mais do que 15% do valor energético total da alimentação.